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sábado, 8 de setembro de 2012

Integração dos ônibus de Colombo com Curitiba com tarifas justas

            Não é uma promessa, é uma luta!
          Dia 25 de julho de 2009 foi inaugurado o Terminal Roça Grande. Nos dias que antecederam esta data, que tinha tudo para ser uma data festiva, era grande a expectativa da população de poder finalmente utilizar a RIT - Rede Integrada de Transportes, de pagar uma única passagem para ir à quase todos os terminais e pontos da Grande Curitiba. Poucos sabiam da verdade, e foi grandiosíssima a decepção do povo ao constatar que nada mudou: o Terminal Roça Grande serviria apenas como um ponto de baldeação interna, e a plataforma do ligeirinho construída ali não seria utilizada pra nada.
          Indignados com tal situação, nos organizamos, agregamos as Associações de Moradores e demais organizações da sociedade civil que responderam ao chamado da AMJO, e na semana seguinte, dia 1 de agosto de 2009, sábado, às 15h, iniciamos a concentração da manifestação que ficou conhecida como Marcha Pela Integração, da qual fui idealizador e coordenador geral da organização. Por volta das 16h mais de 300 pessoas marcharam do Terminal Roça Grande ao Terminal Santa Cândida(a distâncias entre ele é de aproximadamente 3,9Km apenas, segundo o Google Maps, o que torna ainda mais absurda a ausência de integração), entoando gritos de guerra relacionados ao transporte coletivo de uma forma geral, e adentramos neste último terminal sob os aplausos das pessoas que estavam nele, fizemos o trajeto do biarticulado e finalizamos a marcha com um ato em frente ao terminal.
          Éramos aproximadamente 300. Causamos repercussão, emissoras de rádio e televisão noticiaram o fato. Causamos medo, a Guarda Municipal estava de alerta. As prefeituras de Colombo e de Curitiba, o Governo do Estado do Paraná, URBS, COMEC, empresas de ônibus e demais envolvidos no problema temiam piores consequências caso o movimento se expandisse. Certamente se cada um pusesse a mão na consciência e entendesse a importância de nos unirmos, seríamos 3000, ou 30000, ou mais. O que acontecerá se somente 10000 pessoas se revoltarem?
          Quase 2 anos depois realizamos a 2ª Marcha Pela Integração, dia 25 de maio de 2011, uma quarta-feira, às 6:30h(isso mesmo, 6 e meia da manhã, para pegar o horário de rush, e tínhamos guerreiros lá nessa hora, lutando pela integração e contra as tarifas!). Esta converteu-se em um ato em frente ao Terminal Roça Grande, bloqueando a Rodovia da Uva com faixas em um sistema de pinga-pinga, aproximadamente 5 minutos de bloqueio seguidos de 5 minutos de trânsito livre, até às 10h. A intenção era chamar a atenção da população e da imprensa para os problemas do transporte coletivo e para a solução dos mesmos sem atrasar muito o trânsito, ao contrário do que ocorre com bloqueios feitos com queima de pneus.
          Já se passaram mais de 3 anos desde a inauguração daquele ponto de baldeação erroneamente chamado de terminal e ainda aguardamos a integração. A única solução é rebelião popular. Na próxima vez em que formos chamados à protestar, compareçamos em peso, tornemos a situação insustentável, façamos com que os representantes dos poderes públicos não tenham outra alternativa a não ser resolver o problema! Tarifas justas e integração são apenas alguns dos primeiros passos, unidos temos o poder de eliminar as tarifas e alcançar inúmeras vitórias. O Vereador pode e deve propor na Câmara as soluções para a integração e para as tarifas, auxiliar os movimentos populares na luta pela integração e contra as tarifas, mas somente com muita pressão popular conseguiremos vencer. Não basta eleger um bom cidadão e esquecê-lo, precisamos todos exercer a cidadania constantemente.

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